O meu
nome é Ana e tenho 25 anos. Desde muito cedo que sinto uma paixão pelos
animais. Lembro-me que, aos 5 anos tentava salvar todos os caracóis que
encontrava assim que soube que a minha vizinha gostava de os apanhar para
comer. Contudo, foi só com 15 anos que dei o passo rumo ao vegetarianismo. No
início muita gente não levou a sério pois quem me conhecia sabia que eu gostava
mesmo de carne. E gosto do sabor da carne. Mas felizmente, para mim e para os
animais, percebi o que significava ter um pedaço de carne no meu prato.
Calculei as minhas prioridades e por muito que gostasse do sabor da carne,
decidi que o meu paladar, não era, nem nunca podia ser, mais importante do que
a vida de um animal, e jamais poderia justificar o mal que lhes faziam. Os
primeiros dias como vegetariana foram dos dias mais felizes da minha vida,
sentia-me maravilhosamente bem, como que se tivessem tirado um peso de cima dos
meus ombros. Não sentia a consciência pesada e tinha a certeza absoluta que
tinha tomado a decisão correcta e que nunca iria mudar. Hoje em dia vivo cada
vez mais próxima do veganismo.
Para
além da vertente alimentar, talvez deva admitir dois ódios de estimação: as
touradas e o abandono de animais. Defendo a causa animal em todos os lados e em
todas as ocasiões, mas as touradas, talvez por serem, infelizmente, nossas e
ainda legais, têm sido o foco do meu activismo. Relativamente aos animais
abandonados posso dizer que já perdi a conta dos que tirei da rua. Não tenho
nenhum canil ou gatil, mas a título pessoal e com ajuda de associações há muito
que podemos fazer. Não há nada mais gratificante do que poder ajudar os outros.
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